segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Claudio Mur - A lama cheia de estrelas, parte 1
A lama cheia de estrelas, parte 1
Eu finalmente decidi que
Estava numa guerra não declarada com a maioria das pessoas do mundo que conheci.
Eu finalmente cheguei
A um ponto de escape através do anel púrpura do colapso.
Dado que o mundo neste momento me está a ser apresentado
como uma corporação de diferentes maneiras ou diferentes estradas para seguir
ao fundo do anel púrpura do colapso.
Um: ser retirado deste mundo regular e então considerá-lo como um todo,
uma clara e distinta unidade e seguir em frente para encontrar núcleos mais ajustados à minha mente.
A outra: tentar integrar o meu ser nesta muito mais próxima unidade,
Reconstruir relações com familiares e amigos, outros amigos nem tanto,
Permitindo que velhas injúrias sejam esquecidas e ódios sejam derretidos e novos acordos
Idealmente numa base de aceitação de diferentes opiniões, maneiras de fazer a vida,
Todos os princípios chave entre todos… pelo menos todas as pessoas desta unidade nuclear.
Tendo o meu ser se encontrado desclassificado de uma tentativa com sucesso na segunda via
Eu decidi que o compromisso não era mais possível, o mundo parece um vazio absoluto.
À minha porta lá apenas apareceram chulos, chupa piças, chicos espertos e pequenas meninas assustadas.
Aquelas que não se assustaram mandei-as embora,
As que ficaram eu recebi-as através de som.
Com a música eu inventei um novo conjunto de memórias cheias de brilho
Mais do que espremidas num sentido de perdição e perdido eu estou.
Então parece uma boa solução o apenas cobrir a lama com estrelas.
Quando tu perdes o teu trabalho, o teu amor, a tua fé,
Apenas (a)parece a conclusão natural para todas as coisas ferais:
Subir ao inferno e ficar só finalmente.
Eu penso que a causa de morte foi suicídio.
Eu não quero ser o profeta. Porque não me deixem vocês simplesmente em paz e só?
O mundo não tem tempo para decidir além da aparência.
Um dia eu finalmente estendi numa tela esta pintura
Mostrando carris, um comboio e um corpo na linha: the starlit mire.
No dia seguinte li no jornal que uma mulher e a sua filha já maior de idade…
Elas decidiram caminhar para a linha de comboio depois de uma viagem de táxi
Desde casa para cortar as suas vidas na linha de comboio.
Eu não sei mas este tipo de sincronicidade é frequente na minha vida,
É só estar atento, eu não sei mas desde o dia 1 do desenvolvimento do cérebro,
Talvez desde que o gorila tentou resolver um problema e uma luz se acendeu
E um primeiro começou a pensar,
Talvez desde esse dia deus nasceu como mito.
Eles não podiam ser ateus, apenas o conhecimento deu origem a ateus.
Eu gosto de me preocupar só com os meus assuntos.
O mundo não aceita a minha estupidez, não me dá segundas oportunidades.
Não me vale de nada dizer que fui eu que me pus fora.
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in the english language this same text 'The mud full of stars, part 1'
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