quarta-feira, 11 de março de 2015

A casa dos je suis un pinguin paralítico


Tenho uma relação especial com certos quartos onde habitei.
Assim, tive 'O covil' na rua do carril,
tive os 'Herculano studios' no nº14 do bairro herculano,
tive 'Annexus 51' nas traseiras do nº50 da rua da independência,
tive 'Labutes radio tower' na rua do visconde.

Actualmente, vivo em
'A casa dos je suis un pinguin paralítico'
 Oferece duas janelas, o sol é de graça e pintura de vez em quando.
 Os meus vizinhos são simpáticos comigo.
É aqui que me faço gente
e vou esvaziando o armário dos esqueletos bel@s.
As palavras destes esqueletos são sempre mais bonitas e eficazes que as minhas
para descrever com bondade a miséria com que cada irmão ou irmã vive.
As minhas próprias palavras ferem quando deveriam conciliar e conciliam só quando se já perdeu a razão de ser, então
cálo-me para não afectar inocentes e fujo para a imaginação -- pinto.

Cobro beijinhos e apertos de mão como taxa de sacrifício pela entrada
(como só entram amig@s estou habitualmente só -- tenho poucos amigos)
e dou valor à garrafa de azeite sendo necessário refogar 
um arroz de sangacho de atum para poupar na despesa do jantar
de modo a poder comprar um livro ou dois no final do mês.

De vez em quando enfio o barrete 
mas nunca pensei em ter funções de governo sobre cidadãos que não eu próprio
e portanto posso chamar de palhaços 
todos os que hpocritamente governam sobre outrém.
Nenhum merecerá o meu voto.

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