terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Doença do meu amor

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Doença do meu amor,

do teu amor,

leito do nosso amor,

do nosso peito,

abre-lhe as folhas devagar,

com jeito

como se fossem pétalas perdidas.

 

Tu és o meu cacto do deserto

E eu sou a flor que nasce em ti.

Só de vez em quando,

de ano a ano é que os cactos têm flores.

O resto é tudo deserto,

não é nada, só areia e dunas muito altas,

nós pensamos que estamos sózinhos mas afinal há milhares de cactos com flores.


Oh! Quanto é bom beijar os teus lábios, minha àrvore de Natal

roubada,

Com o vaso partido e fitas...

A terra pelo chão,

escuridão no quarto à excepção de uma pequena luz que surge

E te traz a ti pela janela fechada.

 

Às vezes, nem preciso de me olhar ao espelho para me sentir um demónio
que ri, ri...

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Xanda




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