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Doença do meu amor,
do teu amor,
leito do nosso amor,
do nosso peito,
abre-lhe as folhas devagar,
com jeito
como se fossem pétalas perdidas.
Tu és o meu cacto do deserto
E eu sou a flor que nasce em ti.
Só de vez em quando,
de ano a ano é que os cactos têm flores.
O resto é tudo deserto,
não é nada, só areia e dunas muito altas,
nós pensamos que estamos sózinhos mas afinal há milhares de cactos com flores.
Oh! Quanto é bom beijar os teus lábios, minha àrvore de Natal
roubada,
Com o vaso partido e fitas...
A terra pelo chão,
escuridão no quarto à excepção de uma pequena luz que surge
E te traz a ti pela janela fechada.
Às vezes, nem preciso de me olhar ao espelho para me sentir um demónio
que ri, ri...
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Xanda
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