sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Operação Flores -- epílogo

Eu apesar de ter dito anteriormente que tinha terminado com a minha exposição-venda de aguarelas,
a verdade é que apenas a suspendi por uns dias,
e voltei à rua dias mais tarde.
A razão desta mudança de atitude da minha parte foi 
eu ter suspendido por aviso de um colega amigo de que poderia levar por tabela,
mas a verdade é que nenhum fiscal me tinha abordado até então.
Tenho por isso voltado à rua, de modo intermitente, para tentar a minha sorte.
Até hoje. Por volta das duas horas da tarde, um fiscal à paisana aproximou-se,
apresentou o cartão de identificação, disse que eu não tinha licença e 
que tinha de retirar as aguarelas da parede, senão haveria apreensão dos trabalhos.
Disse para me dirigir à junta de freguesia e tirar uma licença.
Eu, desconfiado, perguntei se ma davam. Ele disse que, em dois ou três dias, ma davam.
Agradeci, retirei os trabalhos e dirigi-me à junta.
Afinal, vou ter que esperar a saída do edital em Janeiro próximo e concorrer a uma licença.

O que me preocupa, no imediato, é eu ter feito uma aguarela a pedido do Álvaro,
e não lha poder entregar, porque ele também não tem aparecido para tocar.
Ficará guardada.


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