segunda-feira, 20 de maio de 2019

Na exposição D'Après com a minha mãe e a minha irmã

A maior preocupação da minha mãe sempre foi que eu estudasse e arranjasse um emprego.
Foi assim que aos 13 anos, ela me arranjou trabalho nas férias grandes numa farmácia,
onde fui «moço» e sujeitei-me a ser asfixiado com amoníaco pelo filho do patrão e o empregado.
A sua maior preocupação ainda hoje é que nunca me falte nada, que eu ande arranjado e não pareça mal e que tenha dinheiro para comer e que não estoure o dinheiro todo e o poupe, porque ela sabe que quando ela falecer, a minha vida vai piorar.
Ainda assim, eu acho que ela sente orgulho por este meu sucesso temporário com esta exposição.
Já agradar ao meu pai é mais difícil, não resisto em transformar em anedota as suas palavras, ao saber que um quadro meu foi vendido para a Colômbia:
«Deve ter sido um terrorista das farc.»
Mas lá no fundo, eu quero acreditar que ele se sente feliz pelo filho.






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