Neste momento estamos de vacanças. Eu e ela. Mas não é como no livro e dois castelos. Reduzimos os castelos a quartos e mantivémos o número dois. Logo, em vez de vacanças nos dois castelos estamos em parceria em dois quartos, decorados com peças curiosas de arte. O pintor diz: precisava de vender uns quantos quadros para ver se ganho espaço na parede para pôr a secar novos quadros. O pintor pensa que se vendesse alguns dos que estão emoldurados... mas ultimamente não tem havido movimento no ramo mecenas e, por isso, o pintor diz: já viu, aqui uma santinha? Ela diz: sim já vi. E o pintor diz: E aqui uma diabinha... e eu no meio... lendo o jornal, até pensei em pôr uns chifre mas não, é só eu a ler o jornal. O que acha do quadro?
De modo que, as férias têm sido boas, o Guliani lá veio acrescentar mais duas frases ao seu escrito de juventude no seu próximo livro, por mim... a melhor frase seria «editado» mas eu não tenho nem sou editora, talvez a melhor palavra seja «produzido» pois eu fixei o texto, paginei, fotografei a fotografia de capa e preparei para impressão final, dia 8 não porque é Sábado mas dia 10 a reforma cai no banco, meu, do Giu e de todos os reformados por invalidez e, por, isso dia 10 teremos por aí a bombar mais uma cópia de um novo livro encadernado em argolas do poeta índio, a quem eu nas minhas divagações de blogger chamo de Giuliani. Não é um grande poeta, é um poeta menor cujo destino será um milagre não ser o oblívio mas... é um poeta, escreve todos os dias há cinquenta anos e sacrifica-se pelo que escreve, as suas palavras são o seu fio condutor no dia-a-dia. Tem os seus defeitos, muitos, é um homem pequeno na obra mas tem um coração grande.
Quanto ao resto, a guerra continua as suas tréguas. Apesar de um insulto de vez em quando, que se ignora colocando o Strategies Against Architecture a tocar no leitor de cedê em alto som. nada de novo a assinalar. Podia assinalar os reveses do comandante que até comprou um carro mas não conduz porque não tem os documentos em ordem, mas fora este pormenor, as vozes que me chegam através da janela são poucas e normais, sinal de que a calma voltou à ilha.
Estou de férias e agora tenho companhia, ela gosta da minha comida ou pelo menos come-a, já me ajudou a fazer a limpeza aos dois quartos e wc, falta os azulejos da cozinha e o frigorífico, talvez amanhã Domingo, dia do senhor, depois de almoço entre dois charros e duas canecas de café, somos como irmãos, cada quarto é um mundo, o mundo de cada um e, de vez em quando, comunicamos e chamamos o outro à nossa presença, a net dos dois computadores é de graça, a cerveja que temos consumido é pouca, ela tem-se quase habituado a fumar do meu tabaco de enrolar pois arranjei-lhe uma e ensinei-lhe a enrolar cigarros com a máquina de enrolar, e, por isso. o gasto adicional de fazer umas férias, e umas não solitárias comme d' habitude mas em duo, o gasto adicional tem sido inexpressivo e quem cozinha arroz para um, cozinha para dois: é só meter mais arroz.
A razão das férias ficam cá entre nós. Beijinhos para a Costa!
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