quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Zé Mário Pirata

 

José Mário Branco morreu no dia 19 de novembro de 2019. Lembrar a sua morte não é um acto de nostalgia, é um acto de resistência e continuação da sua vida e obra. Obra essa que, e nas suas próprias palavras, logo deixou de ser propriedade dele para ser livre de uso e abuso: “As canções para mim são como filhos. São gerados, crescem e depois vão à sua vida. É por isso que eu tenho uma relação bastante radical, também, com essa coisa das autorizações para fazerem coisas com as minhas canções, com o próprio conceito filosófico de Direito de Autor. Tenho as maiores dificuldades em lidar com isso. Podem fazer hinos nazis com as minhas canções que eu não tenho nada a ver com isso. As acções ficam para quem as pratica. Depois está aí a comunidade para ajuizar, para criticar, para valorar. Para aceitar, ou não aceitar. Para o que for”.

Depois do projecto Zeca Pirata, lançado em 2009, pensado nos meandros obscuros da defunta casaviva, algumas das almas penadas, sobreviventes ao cavernoso caos que ardia na praça do marquês, pensaram em recriar um projecto semelhante para o José Mário Branco, um Zé Mário Pirata. Tal como nessa altura, a música vem acompanhada de um livrinho.

Duas dezenas de artistas/bandas responderam ao desafio.

Sem comentários:

Enviar um comentário