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Felicidade relativa
Atingí um grau de felicidade relativa razoável, o que, numa sociedade onde ninguém está bem, não é nada mau. Sendo pobre financeiramente, embora
nada complexado perante a riqueza do mundo, levanto-me todos os dias por volta das cinco da manhã, agora, e vou até a uma confeitaria de pão quente onde trabalho até às nove e meia. Hoje,
Domingo, saí de lá por volta das onze e sou muito mal pago, mas em nome da amizade que me liga ao sr. Santos, fecho os olhos. Sigo depois para a Metadona e para o Espaço T onde trabalho nos meus livros
até às 12h30m. À tarde, por vezes, a minha namorada aparece e, na tarde ou à noite, o amor acontece. Quando não é o amor é a escrita, o Espaço T ou a Leitura que preenchem
a minha vida, para escrever o que o meu querido ou querida leitor(a) merece.
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1999
J. Alberto Allen Vidal
em
'Contos de Deus e da Cidade, Vol. 1'
edição de autor
(em preparação para edição em Setembro 2019)
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