Eu falo pouco da minha infância e adolescência porque ela foi um pouco opressiva e desprovida de muita felicidade e teve muita alienação, não há coisas bonitas que façam um livro futuro. Assim fugi dos meus pais aos 18 indo estudar noutra cidade e um mundo novo se abriu, à custa dos meus pais que me pagaram a estadia, a renda e as propinas. O estudo correu mal mas terminei-o. Trabalhei e fui despedido, fiquei doente, lutei por ser alguém, pintei e vendi, tive amores incompletos e falhados, escrevi livros que poucos lêem porque são em edição de autor e eu pouca publicidade faço. Além disso, enterro-me sempre que abro a boca e o escrevo ou digo em público. Por tudo isto me reformei e a casa dos pais voltei porque não aufiro valores necessários para viver na minha própria casa.
Hoje sou obrigado a fazer compromissos com pessoas comuns que têm ideias com as quais não concordo e não é só no café. A minha atitude em casa é fazer chegar conhecimento à minha mãe que ouve mal e ao meu pai que tem ódio ao socialismo.
Ganhei uma batalha quando fiz que ele não vote no Chega, o neofacho do Ventura queimou-se quando chamou o Montenegro de prostituta política, ele compreendeu finalmente.
Esquerda 1 - Fascismo 0
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