sexta-feira, 15 de março de 2024

Tuíte We're only here for the money? We shouldn't be

 Um jovem, músico ou praticante de um ofício com o qual pretende singrar e fazer carreira, às vezes na ânsia de aproveitar as oportunidades e ser ouvido, lido ou citado e respeitado, por um número crescente de ouvintes e até ouvintes pagantes, aceita todas as ofertas de trabalho que lhe surgem. Como em todo o mercado laboral ou «de fama» às vezes quem paga o devido salário não é a flor mais cheirosa. E muitos de nós, qualquer pessoa na realidade, aceita benefícios de pessoas de quem não gosta ou cujas opiniões lhe são contrárias. Quando confrontadas, dizem que o fazem por terem de ganhar a vida, o sustento, o público.

Mas não deverá haver um limite?
Não deveríamos ser capazes de não aceitar dinheiro, um salário, de não trabalhar com quem não gostamos? Não deveríamos trabalhar só com quem sentimos afinidades?, e não apenas dizermos que se recebemos dinheiro de um gatuno o fizemos apenas por necessidade, como se o dinheiro fosse mais importante que as convicções?
Um pobre ou quem passa necessidade, talvez não tenha outra hipótese porque a sociedade não é justa na distribuição; mas uma pessoa quando já atingiu um estatuto ou bem estar e que não queira sempre mais e mais, deveria agir por convicção e não por dinheiro, que aqui funciona como uma máscara, uma aparência que dá uma imagem falsa da verdade, e que engana o seu próprio público.

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