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Claudio Mur
Três da tarde. Estou de folga do part-time laboral hoje. Também não tenho aulas teóricas. Estou convidado para uma festa no Armenia amanhã à noite.
As aulas são uma grande seca. Não gosto nada daquilo. Ainda só agora comecei e já estou farto, estou farto daquilo. O que eu quero é conhecer gajas e damas, bejecas e martinis, quero conhecer
o haxixe, quero festas, conhecer pessoas situações ganza e aprender, aprender a vida, quero lá saber dos livros técnicos que alguém mos fotocopiou e que não me servem para nada.
O part-time vai correndo mais ou menos mas surgiu um negativo e tenho de ver se aproveito para o resolver ainda hoje. O meu trabalho é bater às portas, casa a casa, é angariar sócios para uma sociedade livreira. Recebo uma comissão por
cada novo sócio que faça. Eles inscrevem-se na sociedade encomendando um livro, um disco, uma cassete do catálogo que lhes mostro e quando, três dias depois, o cobrador da sociedade lhes vai bater
três vezes à porta para lhes entregar o livro e o catálogo trimestral, eles recebem-no e pagam, também podem pagar logo a mim.
Um negativo é quando a pessoa diz que vai pagar e que quer muito se inscrever e depois, na hora de pagar, não paga. Além disso, estas massas incultas que só lêem
os desportivos ou as gordas do Correio da Manha, do Jenê, do Púdico e do O Escândalo e é quando lê alguma coisa que cheire a tinta impressa... bem, esta gente a quem nós prestamos um
serviço nacional de cultura, esta gente às vezes lança-nos os cães. Ora, há quinze dias, uma família pobre, um pai, uma mãe, uma menina pequena de seis anos, uma família
de um bairro social, essa senhora mostrou-se interessada em receber livros, disse que os queria para educar a filha. Havia um problema, a senhora não tinha dinheiro, só no fim do mês e eu pensei, disse:
a senhora assina, escolhe um livro, e depois, quando lhe vierem entregar o livro a senhora paga. Ela tentou ganhar tempo folheando o catálogo, afinal o fim do mês era já no fim da próxima semana,
escolheu um livro infantil ilustrado, custava seiscentos escudos. Eu pensei, vou-lhe dizer, disse: não se preocupe, fica entre nós, a senhora recebe o livro, paga se puder e depois todos os três meses encomenda
um novo. Pensei: eu recebo a minha comissão por ela assinar, ganho quatro mil escudos por ela já que atingi assim um novo patamar de vendas, e digo na empresa que assumo os seiscentos escudos da despesa, se ela
depois não pagar a cota comprando o livro paciência.
O meu chefe alertou-me para o possível negativo. Este aconteceu e agora tenho eu de ir recuperar o meu investimento dos seiscentos escudos porque assim não recebo a minha comissão,
o marido chamou o cobrador de todos os nomes, o sogro despejou um balde sanitário para as escadas, rasgaram o cartão de sócio e disseram que nunca mais votavam, que somos como os ladrões da electricidade
e do gás e dos telefones, andor dê à sola que o desfaço!
Agora tenho de lá voltar para cobrar pessoalmente porque não quero perder o meu dinheiro. Tenho de apanhar dois autocarros até chegar lá e chego. Bato à
porta de casa e não está ninguém, caminho para trás, mais à frente há um parque urbano onde vejo pessoas, dirijo-me a elas na intenção de perguntar por aquela família:
não conhecem a dona X? Que mora no bloco 6 apartamento 9? Digo que venho para receber dinheiro que me deve. Vem logo um velhote com ar ameaçador, cabelo desgrenhado e tricológico, bleizer azul marinho
gasto, dirige-se a mim, falando muito alto, insultando, pergunta quem sou, que é que quero à sua filha, vai-te embora vai-te embora, sai daqui corno cabrão fdp, e vem para cima de mim e eu fico a pen...
sar... talvez seja... eu fico com medo, sou jovem, estou rodeado agora prá aí de vinte populares que assistiam ao futsal no ringue do parque, estou com medo agora que ele se aproxima de mim, a maneira que eu
tenho de me defender é meter os braços à frente da cabeça e estender a perna prá frente. É um acto mágico, ele vinha em direcção a mim e eu acerto-lhe um pontapé
nos dentes, ele cai ao chão com a cara em sangue, a minha perna na cara dele, reparo que ele está a sangrar, digo logo: eu só quero o meu dinheiro, os meus seiscentos escudos, dê-mos e depois vou-me
e nunca me verão mais, eu desapareço, eu não quero bater em ninguém.
Chega o marido que fala comigo, eu explico, vamos a sua casa perguntar à mulher se é verdade o que digo, ela diz que sim, pagam-me e eu venho-me embora, foda-se. Nunca mais
lá ponho os pés. Nunca mais saberão de mim.
No dia seguinte, de manhã no escritório nada falo sobre isto. O L que é novato na associação mas se tem revelado um bom filiador, diz-me que de tarde tem
uma prenda para mim: ó J vou-te mostrar o que é bom, depois à noite hás-de tornar-te homem. Vamos almoçar. Logo à tarde, nas torres junto ao rio, vais ver o que é bom.
Eu sei do que ele fala, já tinha havido oportunidade uma vez em casa de uns colegas do ensino secundário, ouvia-se techno, viam-se vídeos porno e fumava-se, eu via-os a queimar umas cenas na mão e sentia o perfumo inebriante dos cigarros enrolados na atmosfera naquela sala, senti-me um pouco desajustado no meio do fumo e acho que senti qualquer coisa de estranho na minha consciência
dentro do autocarro de volta ao quarto, ficou a vontade e na biblioteca requisitei Os paraísos artificiais.
De tarde, a carrinha deixou-nos à porta da torre Um do bairro rico, o nosso novo chefe andava muito exigente, sempre a verificar os nossos dossiers para verificar se batíamos
mesmo às portas, sempre que tocávamos a uma campainha tínhamos de iniciar uma nova linha.
L diz: não há-de ser nada, encontramo-nos no terceiro piso subterrâneo no elevador às quatro ok? Terás a tua primeira vez.
Ok.
Entramos na torre e separamo-nos, eu vou para o lado direito, meto-me no elevedor A e saio no primeiro andar, toco à campainha e nada, toco outra vez e aguardo, acendo a luz do corredor,
toco a outra e também nada, toco a uma terceira campaínha e abre-me a porta um casal de italianos. Eles não falam português, eu não falo italiano e não nos conseguimos entender. Não
há língua franca que me valha. Xau.
Não faço nenhuma entrevista válida. Atendem-me mais uma vez mas não encontro as palavras certas. Bloqueio. Estou ansioso. Olho para o dossier. Dois andares, doze
campainhas, duas entrevistas numa hora e meia. Nenhum sucesso. Estou ansioso. Olho para o relógio. Quatro menos cinco. Dirijo-me ao elevador. Aterro no piso do parque de estacionamento. L já está em Lá.
Olha J, esta pequena língua, tiras um pedaço de meia unha do dedo mindinho, arranjas uma mortalha king size Elements, arranjas por quinze escudos na tabacaria do centro comercial, fazes um filtro com a senha do autocarro,
tázaver?
Eu vejo, ele saca de um cigarro Português Suave Amarelo e desfaz parte na palma da mão, põe o pedaço em cima e queima, depois mistura, isto é a sopa, enrola, e agora vamos fumar, duas passas calmas retendo o fumo nos pulmões e passamos o charro ao outro ok?
Eu fumo, tusso um bocado porque não estou habituado, assoo o ranho ao lenço de pano, dou uma segunda passa longa e passo. Retenho o perfumo enquanto ele dá duas directas
e me passa de novo. Fumamos tudo e voltamos ao trabalho.
Eu não dou conta bem do caso mas sinto-me diferente, uns sons agudos nos ouvidos, uma inflação ocular, e sede, estou seco mas, agora, tenho de ir trabalhar o sexto andar.
Bato várias portas até que uma me é aberta, um casal de hípis holandeses, cotas louros e rosados de cinquenta e poucos anos. Sinto-me alegre e falador, eu não me dou conta mas eles devem
reparar, acho que eles conhecem o cheiro, o perfume do haxixe, eu pelo menos reparo em dois pósteres na parede, um do Che e outro uma folha de erva com a inscrição Bob Whitman, aqui dá uma vontade tremenda de cagar a rir mas controlo, sinto-me vermelho, o sangue vêm-me aos olhos, os ouvidos quentes e inflamados, ouvindo tudo e cada
pormenor, acho que invento sons. Falo-lhes da associação a que pretendo e qual o meu papel, mostro-lhes o catálogo, recomendo varios livros, eles folheiam divertidos, é tudo tão barato nesta
revista, este livro... o autor é anónimo?
Sim, é uma colectânea de contos anedóticos, eu já li e recomendo, uma história é a história da meia-foda, half fuck understand?, o personagem está doente, os vizinhos mandam vir uma ucraniana, ela recusa-se a fazer o serviço, diz que no mínimo seis contos mais o táxi.
O personagem aceita e paga. Começa a foda, estão a transar já e o personagem diz que tem de ir ao wc e vai. A ucraniana esperta sai disparada vestindo as roupas à pressa. À saida do wc, o
personagem pasmado tem à espera os vizinhos, e a gaja? Foi-se embora. Foda-se, eu só tive vontade de mijar.
Eles riem-se e eu rio-me também, desato num griso hilariante e digo-lhes: agora imaginem isto bem escrito, este autor é muito bom.
Às seis horas, na hora de recolher à carrinha com o L e os outros colegas, digo-lhes que fiz um sócio, um casal de friques holandeses. E a moca J que tal? Curtiste?
Não me apercebi bem na verdade, digo eu.
Estás com uns olhinhos, tu meu tu estás eufórico, os teus olhos são avionetas, logo é que vai ser, vais à festa ao jantar no Armenia? Sim, vou-te
contar uma anedota para te pôr bem disposto.
Uma vez no tempo do botas e da velha senhora, um grupo de caravanas ciganas chegou perto de uma cidade à beira mar. Naquele tempo, eles não podiam instalar o acampamento
por muitos dias e foi grande a preocupação da polícia em os controlar. Vai daí, aconteceu que num aviário, ou num simples galinheiro, deram por falta de sete galináceos. Não
sabiam quem podia ser o infame pilha-galinhas mas, logo que lhes chegou ao nariz que havia calés por perto, a ronda começou, naquela altura os polícias não faziam greve às horas extraordinárias, a noite caíu e eles repararam numa fogueira ao longe na praia, dirigiram-se
para lá a cavalo.
Os calés. Ao verem quem lá vinha, apagaram a fogueira, os guardas desmontaram e aproximaram-se, perguntaram: não sabem que não é permitido fazer fogo
à noite? Foram vocês que roubaram as galinhas ao Tone Manco?
O cigano, que contou a história ao meu amigo que ma contou ontem, respondeu ao guarda: Não, não fomos nós!
E aquelas penas... de quem são? Pergunta do guarda.
Ah, são as roupas das nossas mulheres que foram tomar banho e nós estamos aqui a guardá-las.
J não percebe o alcance mas L explica: foi-me contada por um cigano, é natural que se tenham perdido pormenores de riqueza oral mas, como li nas entrevistas a Olivier Rolin
nestas últimas semanas, escrevemos para que a memória que nos rodeia não se perca. Bom jantar. Porta-te como um homem. Juízinho
Venho para casa, tomo um banho, barbeio-me, visto uma t-shirt lavada e saio para a noite. Nada o previa mas os avisos e as anedotas do L, começo a pensar: e se for hoje que meto os dedos pela primeira vez numa rata molhada?
Venho para casa, tomo um banho, barbeio-me, visto uma t-shirt lavada e saio para a noite. Nada o previa mas os avisos e as anedotas do L, começo a pensar: e se for hoje que meto os dedos pela primeira vez numa rata molhada?
Chego ao Armenia e reparo logo nela, ela está na sala de bilhar vestida de vermelho, cabelo comprido amarelo, é da minha altura, está com um galã a jogar bilhar.
Olha para mim. Noto-lhe um brilho. Devolvo o olhar. Ela desvia-se e continua a jogar. Terminam o jogo. Sentam-se. O galã desculpa-se e diz que vai dar uma volta. Eu sento-me. Ela chama-se Dina. Eu chamo-me J.
Falamos, pedimos uma garrafa de Monte Velho, falamos já não sei do quê, falamos do tempo, dos cabelos lindos, das flores, da ganza e dos discos, da paixão dos
discos, olha, o L tem um primo que se chama Z, olha, o Zulmiro é tão insolente que chega a ser fino, um mano gentil para todas as lojas de discos. Quando lhe chegam as notas azuis à mão, o Z que
também é Maria faz a festa, começa por acordar sem despertador precisamente antes de se inciar a transmissão do programa Palavras de bolso na rádio clássica e felizmente pública, para qual o Z M, que é Belo de apelido, paga uma taxa na factura da luz àquelas três
gargantas chinesas e ao Ameixa, Ximenes Laurindo, seu primo que também beneficia por ser o homem do cadeirão. Depois de ouvir as vozes do programa, levanta a pressiana, oscula o ar e verifica se o sol está
presente. Dirige-se à cozinha, prepara café, toma uma chuveirada rápida no polivã, recolhe a chávena de café, volta para o quarto e, enquanto os jornalistas culturais da rádio
falam e apresentam as novidades do dia, ele começa a pensar em listas. Ele não sabe o que nasceu primeiro: se as notas azuis, se as listas de discos a obter, aquela reimpressão daquele álbum lendário
que acaba de chegar à loja da taune, o Z pensa: ora, disco é cultura, cultura é droga fixe, a droga mata a fome, com esta nota azul vou comprar o Gonçalo F. Cardoso e as suas Impressões de uma Ilha, vou ouvir o disco e vou ser feliz ao imaginar-me em Zanzíbar a viver da pintura de cocos, diz Z que também é M que também
é B, que se vestiu de fato branco do melhor tecido e com um gorro branco a dizer Hamster D, para ir à loja. Como habitual em todas as lojas que frequenta, em que é um habitual, de cada vez que lá vai é bem tratado, gostam dele em todas as lojas, gostam também quando
ele compra aquele disco que mais ninguém compra. Z sente-se extasiado quando sente que chegou ao disco primeiro que outro vagabundo qualquer e tão insolente quanto ele, gostam tanto dele que a M chega a ter ciúmes
de tanto sorriso e apertos de mão e promessas que transpiram, porque o mundo vive de promessas, eu cá acho que eles pensam que ele é rico, porque gasta tantas notas azuis em discos como o vizinho em tabaco
Regina, os padrinhos em jantares a dois com licor Beirão. O que eles não sabem é o que eu vou contar a seguir, eu que sou o espelho do Z que também é M e também é B, fui eu
que lhe dei o nome, uma homenagem orgulhosa à tia, e ao maior surrealista António Maria Lisboa e também ao Ruy, o saudado e saudoso Belo. Tenho a dizer-te o seguinte: o Z é um drógado, é
um viciado em música em suporte físico, também faz dauneloudes mas se gostar do som, ele quer obter aquele disco, aquele capa em cartão, ah!, como ele gosta de observar aquela serigrafia em cartão
e capa do segundo disco dos Cassiber à luz do sol, como ele gosta de desmaiar quando ouve o sax do Albert Ayler a chorar em Vibrations... só visto!, eu sei do que falo, estou presente como espelho de canto de quarto nesta sua nova casa, vejo a moca que ele apanha quando pôe o cd gravado da
k7 Super dos Nihil Aut Mors, enfim que dizer... eu quase que aceito o modo de vida dele, ele é feliz assim sendo um drogado musical. Mas para muita gente põe-se
um problema: donde vêm as notas azuis? As lojas não se importam, querem é que ele consuma, mas os vizinhos já o acusaram de ser contrabandista e traficante, chegaram a dizer que a droga entrava à
noite em casa pela calada, palhaços!, grandes estrumpfas do calhau mais longe do sol!, nem sequer imaginam que a droga vem via postal e entregue pelo carteiro, ainda hoje chegou uma edição de 180 gramas
em vinil preto da banda sonora do filme do Gainsbourg, sim o Jetaime!, mas aí o Z até que ficou desiludido, achou que a música era como droga
marada, daquela rena que sabe a petróleo ou parece pinheiro, quando não é mesmo louro como na cidade vermelha, chegou a acontecer, tanta versão do jetaime e nem uma única cantada pela Jane
e pelo Serge. Mas o Z arranjou solução, sabe que um dealer nos Países Baixos tem para venda uma reimpressão do single, vejam lá!,
sete polegadas de droga com a voz da Jane e do Serge por apenas um conto de kenga mais portes... o Z espera ansiosamente o próximo dia oito, o dia em que chegam as notas azuis, entretanto ele mandou-me dizer-te que
mais tarde, não tenhamos pressa, bebamos o vinho com calma, saboreemo-lo, vivamos o momento, tão bom estar aqui contigo... mais tarde... podíamos passar por minha casa e ver no vhs um filme concerto de
um jamaicano chamado Eek a mouse em San Diego, que dizes?
Ela diz que mora para os meus lados e aceita. No Armenia ouve-se Hare, hunter, field, uma compilação da Johnny Blue. Reconheço a última faixa que termina com grilos, não dizemos nada, saímos e começamos a caminhar a cidade, é tudo tão
natural, penso, tão belo, tão simples, ela é bela, a Dina é linda. Não sou eu que a engato, ela é a que me engata. Caminhamos, falamos, tudo tão simples, falamos dos versos
do pai do Tarkovsky, falamos das Asas do desejo que passou na última sessão do cineclube, chegamos a casa.
Subimos ao terceiro andar pelas escadas. Abrimos a porta e cansados vamos para o sofá da sala, ela diz que tem ganza, eu digo que sim, temos de ir para a varanda e aqui em casa ninguém
fuma, ela faz o charro e fumamos. Outra onda de energia, mais paz, os músculos relaxam, não há mais ansiedade, beijamo-nos naturalmente, naaturalmente como se estivesse destinado nas estrelas que nos encontrássemos
esta noite e nos fizéssemos homem e mulher juntos, acabamos o charro, voltamos para dentro, naturalmente tiramos a roupa um ao outro, ela deita-se no sofá, eu por cima mas a posição é-me
incómoda, sou virgem, ela toma a iniciativa, rebola e vira-se como uma gata, convida-me, acaricia-me, guia-me o membro na direcção certa, escolhida por ela, penetro-lhe a cona. Ela diz para eu ir e vir
devagar, ir e vir devagar e sentir. E eu sinto. Sinto-me bem dentro dela, sinto os espasmos do meu membro, tão agradável estar dentro dela, vou e venho, venho-me dentro dela, é como uma tontura, uma quebra
de tensão em que perdemos por momentos a consciência e entramos em blackout e os espasmos vão e vem, a pequena morte, compreendo agora perfeitamente o verso, o prazer.'
Claudio Mur
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