sábado, 4 de abril de 2015

«Enriquece à vontade, mas se não chegar para mim não entras no clube.»


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O liberalismo diz: «enriquece à vontade, mas se não chegar para mim não entras no clube.» 

Os liberais ou adeptos do liberalismo escreveram nos seus princípios também o princípio da liberdade e dizia mais ou menos o seguinte: 
Os homens não podem ser forçados à liberdade, a liberdade não pode ser um presente chegado do exterior, os homens não podem esperar que lhes dêem ou tirem mais ou menos quantidade de liberdade como num regime totalitário, são os homens que devem agir para conquistar a liberdade. 
Mas este sentido de liberdade nunca teve como referência geral o homem comum mas sim o homem económico e religioso no poder da ordem social. 
Para o liberal o estado não deve intervir na economia, na criação de riqueza, dizem que o homem é livre de enriquecer e o estado apenas deve intervir na área social como formar e educar indivíduos e integrá-los como uma força de trabalho, incentivá-los a subir na escada social, mas só até certo ponto pois ele não poderá agitar as suas próprias ideias acerca da liberdade, acerca da repressão estatal, económica efectuada pela ordem instalada. Seja feito tal e os liberais dirão que o indivíduo deve ser castigado. 
Primeiro difamam-te, depois tiram-te o emprego, depois a mulher e os filhos, a casa e até o carro quando agora este te serve de residência, daí a pôr-te na cadeia por delitos de sobrevivência... É um pequeno passo. O liberalismo prega uma cartilha de valores morais, mas quando se chega à realidade vê-se que se algumas pessoas injustiçadas conseguem mesmo assim se tornar mais fortes, são essas apenas as poucas que conseguem sobreviver, as pessoas são forçadas a trocar a dignidade pela corrupção, pela hipocrisia, apenas essas sobrevivem, o liberalismo pode dizer que o tempo é de mudança, mas a direcção é a de um iluminismo para um absolutismo anti-histórico, uma regressão. 
Caminhamos para o totalitarismo liberal.
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Claudio Mur,
adaptando as ideias radiofónicas propostas por Joel Costa 
no seu extinto programa 'Questões de Moral'
na rádio  Antena 2 em 2011

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