A RECONHECER PELOS NOTÁRIOS
legalizo esta ilegítima presença
assinando o perigo; enfrentando
a ilogicidade do sol. Inteiro
num vago espaço -- sem lugar.
Sou o que risco aberto no vento
a manhã, preclaro do meu sonho,
e de lua em lua, de astro em astro, tento
que a voz seja o teu corpo e a tua
face na água revérbera da luz.
Uma estampa, uma mulher vestida de toureiro,
têm seu retrato na minha locomoção anfíbia.
... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Manuel de Castro
em «Bonsoir, Madame», página 159
edição Alexandria / Língua Morta
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