domingo, 28 de outubro de 2018

Com dedicatória

Virgin Prunes - Love Lasts Forever "We can run away..." I know all your secrets Please little girl I like the way you frightened, It makes me feel secure Your eyes say something special "We can run away" "We can run away" Pushed against the wall Never are we wrong You can hold my hand We can be strong A thousand ways to show I care I could give you anything I could give you everything I like the way you frightened "We can run away" "We can run away" Please close your eyes So you cannot see Go to sleep Dream of happy things... Blue sky above Hell waits below Angels dancing Angels falling Devil looks at me Spits into my eye Angels dead Angels dead Our love will last forever Our love will last forever Until the day it dies Until the day it dies Until the day it dies...




É sempre triste dedicar esta música a alguém.
'o nosso amor durará para sempre
até ao dia em que morra'

Mas neste caso, o amor nem se aplica:
como poderia eu gostar de uma little girl da qual só conheço o avatar?
Mas algo morreu e foi mais importante que o amor,
foi o carinho que lhe destinava, um carinho igual ao que dou a qualquer ser humano que me estime,
pelo menos, a qualquer ser humano que se coloque em igualdade comigo: nem acima nem abaixo.
Que essa pessoa fale agore pelas costas e me chame de lambão
e tente arregimentar sócios para a sua causa?
Podem até fundar uma liga de chá das cinco com acta e tudo,
é algo a que não darei muito mais atenção
mas assistirei no camarote e baterei palmas quando chegar o «emprego dos dias»
e deixar de haver dinheiro para o maço de tabaco e para o copo de vinho.
Pelo menos, diz ela que, quando esse dia chegar, deixará de tomar ansiolíticos e ficará saudável.
Faz-me lembrar uma pessoa que foi pedir ao psiquiatra um papel que dissesse que ela não era maluca, há poucos meses vi-a na consulta, continuava chorona, tinha chegado ao lumiar... o pior é depois.
Viva a saúde. Eu já tirei bilhete para a performance.

Não sei se foi Rousseau que o disse, mas escrevo na mesma:
«Não concordo com a tua opinião
mas não impedirei que a exprimas.
Reservo-me o direito de resposta.»

E depois há outro ditado, este mais próximo de raízes populares:
«Não deves bater em crianças, malucos, mulheres e pessoas velhinhas.»

São dois princípios ético-morais que tento seguir.
Nem sempre é fácil. O caminho é longo.


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