A campaínha toca no hotel. Rogério pensa: -- Deve ser um hóspede novo, se não teria introduzido o código da fechadura electrónica. Caminha ao longo do corredor e vê pelos vidros da porta que é a dona Beatriz que ali está. Abre a porta.
-- Ó sr. Rogério que saudade. Estava à espera do sr. Duarte...
-- Esse devia ser o antigo empregado, agora sou eu de novo.
-- Que bom, sr. Rogério. O senhor está bem. Deixe-me dar-lhe um abracinho.
O sr. Rogério abre os braços e inclina a coluna para a frente. A dona Beatriz, cota de setenta e cinco anos e de palmo e meio de altura, desaparece debaixo do corpo rodiniano do sr. Rogério que sorri.
-- O senhor deixou de fumar, sr Rogério?
-- Não, mas reduzi, já não fumo tanto.
-- É que o senhor já não cheira a tabaco nem as suas roupas, está melhor assim.
-- Obrigado pelo seu carinho, dona Beatriz.
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