Este quadro foi pintado em dois tempos mas sempre a pincel: em 2007, apliquei cor muito empastada e directamente do tubo para a tela. Este ano, ao terminá-lo, muito do trabalho foi retirar as massas incómodas de tinta e dar-lhe uma aparência de ordem. Inverti também o ponto de visão: primeiro, o espectador olhava de fora para dentro das grades e pouco via; agora, é como se ele próprio estivesse dentro das grades a olhar o mundo.
Penso que te referes a este http://zmb-mur.blogspot.pt/2014/05/uma-lagrima-perdida.html
O sentido está diluído no tempo, a ideia perdeu-se na minha deterioração mental ao longo do tempo, não tomei notas na altura. É um quadro que lida com a memória que tenho de duas irmãs que conheci em 1996 e de quem perdi totalmente o contacto. Eu imaginei-as em constelações no céu, e os dois hemisférios azuis são na realidade as páginas de um livro das Selecções Readers Digest aberto no mapa das constelações e que eu interpretei com distorção na tela, tendo juntado outros símbolos que, por o sentido se ter perdido, funcionam como totems.
Obrigado eu igualmente porque é para mim reconfortante teres-lo definido como poema: uma palavra bela, escultura também não ficaria mal, um poema intraduzível a partir de um caos com raízes fundas no passado e transposto em código num futuro. Sinto que com este trabalho evoquei uma entidade, um Ser, é esse um dos princípios da magia e da pintura: causar mudança de acordo com a vontade. https://www.youtube.com/watch?v=5xtXUyjeAZE
quando eu olho para um quadro, pergunto-me quase sempre sobre o que se passa na cabeça do artista quando o faz.
ResponderEliminarutiliza pincel ou espátula?
Este quadro foi pintado em dois tempos mas sempre a pincel: em 2007, apliquei cor muito empastada e directamente do tubo para a tela. Este ano, ao terminá-lo, muito do trabalho foi retirar as massas incómodas de tinta e dar-lhe uma aparência de ordem.
ResponderEliminarInverti também o ponto de visão: primeiro, o espectador olhava de fora para dentro das grades e pouco via; agora, é como se ele próprio estivesse dentro das grades a olhar o mundo.
Bom dia Ana.
obrigada, é interessante esse ponto de vista. e o de cima?
ResponderEliminarPenso que te referes a este http://zmb-mur.blogspot.pt/2014/05/uma-lagrima-perdida.html
ResponderEliminarO sentido está diluído no tempo, a ideia perdeu-se na minha deterioração mental ao longo do tempo, não tomei notas na altura.
É um quadro que lida com a memória que tenho de duas irmãs que conheci em 1996 e de quem perdi totalmente o contacto. Eu imaginei-as em constelações no céu, e os dois hemisférios azuis são na realidade as páginas de um livro das Selecções Readers Digest aberto no mapa das constelações e que eu interpretei com distorção na tela, tendo juntado outros símbolos que, por o sentido se ter perdido, funcionam como totems.
um poema, portanto :)
Eliminarobrigada
Obrigado eu igualmente porque é para mim reconfortante teres-lo definido como poema: uma palavra bela, escultura também não ficaria mal, um poema intraduzível a partir de um caos com raízes fundas no passado e transposto em código num futuro.
EliminarSinto que com este trabalho evoquei uma entidade, um Ser, é esse um dos princípios da magia e da pintura: causar mudança de acordo com a vontade.
https://www.youtube.com/watch?v=5xtXUyjeAZE