O imperador Alexandre pousou a mão na parede, apoiou-se nela e inclinou-se para o mais pobre dos homens, que já não tinha sequer escudela para comer, nem malga para beber, que bebia simplesmente da concavidade fechada da sua palma, e disse-lhe:
-- Pede-me o que quiseres.
Diógenes ergueu o rosto e respondeu ao imperador ( o indivíduo respondeu ao poder ):
-- Não te ponhas à frente do meu sol.
Pascal Quignard
em Os desarçonados
Edição Cutelo
Tradução de Diogo Paiva
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