sábado, 15 de dezembro de 2018

Anedota cigana

contada por um cigano 
a um nosso amigo que ontem nos contou,
é natural que se tenham perdido pormenores de riqueza oral
mas como li nas entrevistas a Olivier Rolin nestas últimas semanas:
escrevemos para que a memória que nos rodeia não se perca,

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Uma vez no tempo do botas e da velha senhora, um grupo de caravanas ciganas chegou perto de uma cidade à beira mar. Naquele tempo, eles não podiam instalar o acampamento por muitos dias e foi grande a preocupação da polícia em os controlar.
Vai daí, aconteceu que num aviário, ou num simples galinheiro, deram por falta de sete galináceos. Não sabiam quem podia ser o infame pilha-galinhas mas, logo que lhes chegou ao nariz que havia calés por perto, a ronda começou, naquela altura os polícias não faziam greve às horas extraordinárias, a noite caíu e eles repararam numa fogueira ao longe na praia, dirigiram-se para lá a cavalo.
Os calés. ao verem quem lá vinha, apagaram a fogueira, os guardas desmontaram e aproximaram-se, perguntaram: -- Não sabem que não é permitido fazer fogo à noite? Não foram vocês que roubaram as galinhas ao Tone Manco?
O cigano, que contou a história ao nosso amigo que nos contou ontem, respondeu ao guarda:
-- Não, não fomos nós!
-- E aquelas penas... de quem são?, pergunta o guarda.
-- Ah, são as roupas das nossas mulheres que foram tomar banho e nós estamos aqui a guardá-las.
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:D :D :D :D :D

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